Quando utilizamos os princípios éticos “cuidar das pessoas, cuidar da terra, e compartilhar os excedentes” como um filtro para nossas tomadas de decisões estamos agindo em prol da permanência do ser humano de forma harmônica com as outras formas de vida na terra.
A palavra “permacultura” surgiu na Austrália, na década de 1970, fundada por Bill Mollison e David Holmgren como uma resposta à revolução verde. Vem da junção da palavra “permanente” + “agricultura”. Seus princípios foram focados na produção agrícola biodiversa e eficiente, ao longo de seus 50 anos de aplicação e reprodução, passou a abranger diversas áreas, e pode ser resumida como o cultivo permanente das condições da vida. Se refere a um conjunto de ferramentas e filosofia, que já vem sendo aplicado pelos povos originários, e que são de simples entendimento, trabalhar com a natureza e não contra ela.
A permacultura visa a otimização de recursos, a eficiência energética, por meio da observação da natureza e dos ensinamentos dos povos tradicionais.
Podemos usar a permacultura no nosso jardim, podemos usar a permacultura no planejamento das nossas cidades.
Você pode ter energia solar, uma horta orgânica, um carro elétrico e uma casa de palha e ainda não viver uma permacultura. Um projeto se torna uma permacultura somente quando é dada atenção especial às relações entre cada elemento, entre as funções desses elementos e entre as pessoas que trabalham no sistema.”
O design de permacultura visa portanto identificar as relações entre os habitantes e a paisagem, entendendo os recursos e fluxos de energia, buscando a diversidade, estabilidade e a resiliência dos ecossistemas naturais dos quais somos parte.
Escrito por: Arquiteta, paisagista e permacultora Larissa Barreto